Primeiras etapas do Sem Sombras: trazer para a luz o que é preciso mudar!
18 e 19 de dezembro. Nestes dias teve lugar o primeiro encontro residencial do Sem Sombras, uma iniciativa do Graal, com o CIDAC, que nos acolheu no seu centro na Golegã. Participaram cerca de 20 jovens, entre os 14 e os 18 anos, provenientes das escolas da Barquinha, Chamusca e Ponte de Sôr. O Sem Sombras tem como objetivo geral “trazer para a luz” as questões ligadas à igualdade entre mulheres e homens e às outras economias, em intervenções de ED, e estimular o pensamento crítico de jovens, no interior do país, relativamente a visões economicistas e androcêntricas do desenvolvimento, reforçando o seu compromisso com ações transformadoras.
Ao longo dos dois dias, os e as jovens tiveram a oportunidade de se conhecer e de conhecer melhor o projeto, através de momentos de jogo e atividades de educação não formal, de partilha de vivencias e reflexões sobre a forma como produzimos e pensamos a economia e como esta gera profundas desigualdades na sociedade. Tivemos momentos de interconhecimento, um enquadramento do projeto e tentámos desconstruir o que está por detrás da produção de alguns objetos de uso comum (calças de ganga, um par de ténis, uma banana e um telemóvel), reconstruindo as cadeias dos produtos e questionando como o consumismo e a produção sem limites impactam nos nossos hábitos de consumo. O jogo das cadeiras ajudou-nos a experimentar as diferenças entre a lógica de competição e a lógica da cooperação. No segundo dia, refletimos sobre as desigualdades nos usos do tempo entre mulheres e homens e a forma como, habitualmente, as mulheres estão sobrecarregadas com tarefas domésticas e do cuidado, um trabalho não pago, muitas vezes invisível ou desvalorizado.
Antes de nos despedirmos, as e os jovens tiveram ainda tempo para perspetivar o futuro, pensando nos próximos passos para sensibilizar as suas comunidades sobre os temas abordados neste primeiro encontro, que já estão a tomar forma! Foi um começo cheio de entusiasmo e de criatividade! Mal podemos esperar pelos próximos passos e reencontrar-nos no encontro residencial, que será dia 2 e 3 de abril!
11 a 18 de novembro. O CIDAC esteve na Guiné-Bissau para trabalhar com a Tiniguena sobre o projeto Simentera, uma iniciativa que visa intervir na estruturação solidária de cadeias de produção e comercialização de produtos locais. Esta missão permitiu planear as próximas atividades desta linha de intervenção, nomeadamente a organização de uma grande feira de produtos locais que irá decorrer nos dias 20 e 21 de dezembro na sede da Tiniguena, em Bissau. Aproveitamos também esta ida para reunir com o Grupo de Reflexão sobre Promoção dos Produtos Locais, composto pela Federação Camponesa Kafo, a associação de consumidores ACOBES, a Caritas-GB, a COAJOQ, a Tiniguena e o CIDAC, de modo a definir prioridades estratégicas de atuação neste campo. O dia 17 de novembro foi dedicado a uma formação aberta a todas as organizações guineenses ativas no campo do apoio à produção local, sobre a temática da Economia Solidária.
3 e 4 novembro. Em estreita colaboração com a associação In Loco, realizamos mais uma etapa do périplo iniciado em 2022 pelo país, conversando, sensibilizando, trocando experiências sobre o comércio justo e a justiça comercial. Em conjunto com uma professora da Escola Secundária de Albufeira e a In Loco, promovemos uma sessão com 28 estudantes do 11.º e 12.º ano desta escola. Os e as estudantes foram convidados/as a jogar, primeiro, o jogo da cadeia do café, e de seguida, a imaginar quantos quilómetros percorre um frasco de Nutella. Exploraram, deste modo, as cadeias comerciais locais e internacionais, percebendo as questões sociais e ambientais que lhes estão associadas. No sábado, tivemos uma visita guiada ao mercado de Loulé, pela diretora do mesmo, que nos contou a história do mercado, como funciona, e nos apresentou alguns/mas produtores/as e comerciantes. Nesta visita, participaram também 3 mulheres que integram o projeto Plantar Água - projeto promovido pela In Loco - e com as quais estivemos à conversa sobre os desafios da produção e da comercialização, numa ótica de justiça e equidade. Por fim, num fim de semana bem preenchido, visitamos as senhoras Da Torre, em Alte. Vimos a sua oficina, contaram-nos a sua história, a história dos materiais com que fazem cada anel, pendente, brinco... falámos sobre o passado e o presente do artesanato local, num toque de alegria e orgulho pelo caminho percorrido de mais de 30 anos à volta da madeira!
7 de outubro. O Troca-a-Tod@s é uma iniciativa existente desde 2014, na Covilhã, acarinhada pela cooperativa Coolabora. Entre as atividades que dinamizam está a Feira Troca-a-Tod@s, que acontece a cada 3 meses, num jardim público e junta produtores/as locais, associações, entre outros. Uma das particularidades desta feira é que se usa uma moeda social local, o Tear, em vez do Euro. Foi a nossa primeira experiência a vender numa moeda social! A tarde foi muito animada, com conversas sobre comércio justo, moedas locais, justiça climática, e também oficinas, música, dança e muito convívio! Para saber mais sobre o Troca-a-Tod@s, veja aqui.
Agosto. Em outubro deste ano daremos início a dois percursos de Educação para o Desenvolvimento. Um, mais do que um início representa a continuidade da intervenção em meio escolar, em particular, na Escola Secundária da Amora, no Seixal, com a qual temos vindo a construir um sólido trabalho colaborativo. Queremos continuar a aprofundar, juntamente com a equipa de docentes, a dimensão do Desenvolvimento da área curricular “Cidadania e Desenvolvimento” – dimensão essa que percebemos como sendo uma das mais complexas e menos abordadas no seu âmbito – em vários contextos: diretamente com estudantes, em sala de aula; na formação de professores/as; e em contexto não-letivo, através de um amplo leque de atividades, a pensar com a comunidade escolar. No primeiro ano deste novo percurso, a sua intervenção irá interligar-se com o tema que a Escola elegeu para o ano letivo 2023/24: “50 anos do 25 de abril”. Procuraremos que a intervenção prática seja regularmente acompanhada por uma dimensão de reflexão, sistematização e partilha com e para a comunidade educativa.
O segundo percurso representa um retomar da parceria com a organização Graal – com quem trabalhámos no âmbito dos Bancos do Tempo – mas também um novo desafio! Durante dois anos, propomo-nos trabalhar com grupos de jovens de localidades de Santarém e Portalegre, na interseção entre a igualdade entre mulheres e homens e as “outras economias”. O Graal dinamiza, há vários anos, grupos de jovens nestas regiões, procurando envolvê-los/as na discussão, desconstrução e ação relativamente às problemáticas ligadas à igualdade entre mulheres e homens, violência nas relações afetivas, entre outros.
As duas intervenções situam-se na visão da ED enquanto processo que estimula o pensamento crítico, a capacidade de analisar a realidade a partir das vivências individuais e coletivas e a ação; e buscam descentralizar a nossa ação para fora de Lisboa.
Ao longo dos próximos dois anos, iremos dando notícias destes percursos que muito nos entusiasmam!
Oficina da Interculturalidade Viagem Cultural
Amora, 22 de maio. A Escola Secundária de Amora organizou, pelo terceiro ano, a celebração do Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento, proclamado pela Assembleia Geral da ONU, em 2003. O evento, realizado no quadro da área curricular de Cidadania e Desenvolvimento, valorizou a diversidade cultural representada no seio da ESA através de 9 pavilhões representando 18 países. Este ano, aos 9 pavilhões juntou-se mais 1, o do Comércio Justo, animado por um grupo de alunas e alunos do 12.º com quem o CIDAC colabora desde janeiro. O grupo de jovens vendeu, ao longo do dia, produtos alimentares e de artesanato representativos, também eles, da diversidade e riqueza cultural de muitas comunidades do mundo. Aproveitaram para falar com cada visitante do stand sobre justiça social e económica e explicar a pertinência do Comércio Justo às/aos suas/seus colegas, professores/as e pessoal não-docente. Não hesite em ler mais no blogue de Cidadania e Desenvolvimento da ESA!
Dia Internacional da Mulher na Escola Secundária José Gomes Ferreira
8 de março. As e os jovens embaixadoras/es do Comércio Justo da Escola Secundária José Gomes Ferreira, em Benfica, decidiram realizar um momento de sensibilização para outros/as colegas sobre a desigualdade entre homens e mulheres no mundo para marcar a data. O grupo apresentou e discutiu dados sobre as várias dimensões em que essa desigualdade se expressa, desde a desigualdade salarial às diferenças na natureza do trabalho realizado por homens e mulheres. O CIDAC, a pedido do grupo, fez uma pequena intervenção focada nas formas com que o movimento internacional de justiça comercial procura inverter essas desigualdades estruturais. Houve ainda tempo para um quiz preparado pelos/as jovens, que animou a plateia de cerca de 70 estudantes, de diferentes turmas.
A Educação para o Desenvolvimento nas práticas escolares - problematizando e propondo caminhos para a Formação e a Escola
Janeiro. Ao cabo de dois anos de percurso conjunto com estudantes, professores/as, encarregados/as de educação, auxiliares educativos, OSC, investigadoras, edilidades e entidades formativas procurando, a partir do Referencial de Educação para o Desenvolvimento, os aspetos potenciadores e bloqueadores da prática de ED em contexto escolar, publicamos o documento que condensa os principais elementos desta iniciativa. Poderá descarregá-lo aqui.
28 de janeiro. Depois de São Pedro do Sul, continuando a nossa deambulação pelo país para divulgar o Comércio Justo, tecer laços com outras organizações de Economia Solidária e conhecer melhor produtores e produtoras com quem colaboramos, estivemos em Montemor-o-Novo para uma conversa matinal com os membros da Cooperativa Minga e representantes da Câmara Municipal que dinamizam a SMEA - Semear em Montemor-o-Novo uma Estratégia Alimentar, no mercado municipal. Aproveitámos a ocasião para instalar a nossa exposição “O comércio pode ser justo!” e oferecer o café da Nicarágua da Espanica às pessoas que frequentam o mercado.
De tarde, fomos visitar a Quinta do Estanque, onde o Jerónimo e a sua família produzem o azeite Simbio a partir de oliveiras centenárias, azeite biológico que comercializamos na loja de Comércio Justo desde 2014. Foi uma ocasião para descobrir as várias facetas da quinta que, para além do azeite, produz legumes, leguminosas, ervas aromáticas, infusões e muito mais, associados à criação animal, uma policultura saudável e própria da agricultura camponesa.
17 e 18 de novembro. Mais uma etapa nas andanças pelo país, tendo a justiça comercial como mote. Desta feita, estivemos no ISLA Gaia, com a exposição "Sabia que" e numa mesa redonda dedicada ao tema das alternativas económicas em articulação com o desenvolvimento sustentável. No sábado, visitámos a loja de comércio justo dinamizada pela associação Diálogo Acontece - com quem organizamos esta etapa - desde 2004, no parque da cidade do Porto. Fechamos este périplo, durante o qual retomámos contacto com algumas associações e cooperativas, conhecemos novas realidades e visitámos alguns e algumas das produtoras com quem trabalhamos. Em formatos variados e com públicos distintos, aprofundámos - ou aflorámos - as problemáticas ligadas à justiça económica, social e ambiental, a partir da realidade de cada localidade / região. Muito há para conhecer, debater e, em especial, para colocar em diálogo no que toca à justiça económica local e internacional. Para isso muitos mais périplos serão necessários!
26 e 27 de outubro. Foi em colaboração com a Coolabora que esta etapa do nosso roteiro de conversas e encontros à volta do Comércio Justo foi pensada e realizada. No dia 26, foi no âmbito do Coolaboratório que tivemos a oportunidade de conversar com cerca de 25 jovens, essencialmente estudantes da Universidade da Beira Interior que levam a cabo um trabalho de reflexão e de ação em prol dos Direitos Humanos com a Coolabora. No dia 27, rumámos ao Agrupamento de Escolas Lã e Neve para realizar duas sessões de sensibilização sobre (in) justiça económica e Comércio Justo, sessões que se articularam com a instalação da nossa exposição 'O Comércio pode ser Justo' que esteve patente no estabelecimento escolar entre os dias 16 e 27 de outubro.
Lançamento Revista Outras Economias
28 de setembro. As Outras Economias são o mote para uma nova publicação regular gratuita, editada pelo CIDAC, em formato digital. O primeiro número - “EconomiaS no plural” – foi lançado no dia 28 de setembro, em conjunto com as duas organizações que se juntaram a nós na sua idealização e concretização, o Graal e a Rede para o Decrescimento. Num final de tarde quente e animado, estivemos à conversa, pontuada por momentos poéticos, com estas organizações, com o jornal MAPA e mais cerca de 50 pessoas, não só sobre a revista mas também sobre uma questão que, na realidade, traduz uma das intencionalidades deste projeto editorial: "como falar de / fazer alternativas económicas em contextos hegemónicos?" A conversa fluiu em torno da partilha de práticas como os bancos de tempo, o comércio justo, o decrescimento, a elaboração de informação sobre lutas e experiências económicas nas "margens". Emergiram questionamentos sobre as contradições nas práticas ditas alternativas e o seu funcionamento, muitas vezes, permeado pelas lógicas do sistema capitalista; falou-se da cooptação sistemática dessas práticas pelo sistema, mas que pode também resultar das estratégias decididas por essas práticas e movimentos; falou-se ainda de "bolhas" e de como, não raro, reconhecemos como "alternativas" apenas as experiências que nos são próximas ou que correspondem aos nossos ideais, invisibilizando "outras economias", como as economias informais. O decrescimento suscitou amplo interesse e debate entre os/as participantes, tanto na sua crítica ao sistema capitalista como na proposta concreta que traz. Unânime foi a percepção da necessidade permanente de conhecer, fortalecer e estreitar laços entre todas essas formas de economia (política, ecologia, sociedade,...) para continuarmos a criar brechas no sistema. Espreite este número inicial da revista e não deixe de nos enviar os seus comentários e sugestões.
Justiça no Comércio no Almada Green Market
23-24 de setembro. O debate sobre a necessidade de repensarmos modelos de produção e consumo ganhou visibilidade durante a pandemia COVID-19 mas, passada que está a urgência, corremos o risco de ver este debate desaparecer. Com este mote, propusemos à organização do Almada Green Market, mercado mensal que decorre no parque público da cidade, o Parque da Paz, no último fim de semana de março a novembro de cada ano, trazer esta questão para a sua edição de setembro. Isso através de várias atividades de animação, entre elas duas exposições e um quiz sobre comércio justo; vídeos animados e uma oficina de tricot, dinamizada pela Linha Vermelha; de bancas com produtores e produtoras de vários pontos do país, que se somaram às/aos que habitualmente participam no mercado; e de alguns coletivos ligados à justiça económica e climática e iniciativas de "outras economias". Sabores do Sul, Simbio, Aldeia Sabão e núcleo Prove Picoas foram os e as produtoras que se associaram ao CIDAC neste mercado. Banco do Tempo, Climáximo, Greve Climática Estudantil, Cooperativa Coopérnico, Linha Vermelha e AMAP Quinta Maravilha foram os coletivos que durante estes dois dias divulgaram as suas iniciativas, práticas e campanhas.
Visita CooLabora, entre lojas...
20 de julho. Recebemos a visita da equipa da CooLabora, uma Associação de Desenvolvimento Local da Covilhã que também trilha os caminhos da Economia Solidária. Motivo desta visita, falar de lojas! A Coolabora dinamiza uma loja de produtos locais, em estreita colaboração com produtoras e produtores, e propôs ao CIDAC uma conversa sobre modelos de gestão, de animação, de funcionamento das nossas respetivas iniciativas de comercialização solidária, desde os princípios de fundo até ao tipo de software que usamos… Uma bela iniciativa de aprendizagem e de reforço mútuo, que terá prolongamento em outubro, com uma visita da equipa do CIDAC às instalações da CooLabora. Fomos também brindados/as com um conjunto de publicações educativas que poderá encontrar aqui e com um saco de pêssegos da Covilhã cujo sabor ficará nas memórias para muito tempo!
II Fórum Educação para o Desenvolvimento
12 de maio. Teve lugar no dia 12 de maio, entre as 9h30 e as 16h45, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, o II Fórum de Educação para o Desenvolvimento (Fórum ED). O evento decorreu em formato híbrido, presencial e online. O Fórum ED é uma ação transversal no âmbito da Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento 2018-2022, promovido pela Comissão de Acompanhamento da ENED 2018-2022 – composta pelo Camões-Instituto da Cooperação e da Língua, pela Direção-Geral da Educação, pelo CIDAC - Centro de Intervenção para o Desenvolvimento Amílcar Cabral e pela Plataforma das Organizações Não Governamentais para o Desenvolvimento. O Fórum ED foi subordinado à temática "processos de aprendizagem sobre o mundo e sobre nós à luz da ED", tendo como ponto de partida a questão central: Como interrogar o mundo e interrogarmo-nos a nós próprios a partir da ED em tempo de crises e de grandes transformações? O evento pode ser visualizado na íntegra aqui.
Encontro de produtores/as no Monte do Estanque
30 de abril. Num domingo ensolarado, juntámo-nos ao mercado de produtores/as amigos/as do Monte do Estanque, em Montemor-o-Novo. Para além da venda de produtos alimentares, podemos visitar a quinta, as hortas e o olival de sequeiro. Provámos produtos, como o azeite, o vinho, as compotas, de produtores/as do Algarve até Viseu e demos a provar o bom café da Nicarágua. O almoço, que contribuiu para a economia e a sustentabilidade do Monte do Estanque, foi na sua maioria composto por produtos da quinta (leguminosas, carne, mugango, etc.). Um dia em cheio, com boa comida e boas conversas.
25 de janeiro. Foi o mote para a discussão num encontro que marcou o final de um percurso de dois anos em torno do Referencial de Educação para o Desenvolvimento (ED). Na senda de outros estudos realizados pelo CIDAC e pela FGS, procurámos perceber junto de 7 iniciativas educativas o que potencia e o que bloqueia a aplicação do Referencial na prática, bem como da ED em geral, para retroalimentar a formação inicial e contínua de professores/as neste campo educativo. No contexto escolar atual, em que existe uma área curricular denominada “Cidadania e Desenvolvimento” - que engloba a priori a ED - as preocupações, necessidades e ideias de melhoria dos atores educativos estão mais ligados a esta área do que especificamente à ED. Mas se, à diferença de outras experiências curriculares de Educação para a Cidadania esta nova área traz explicitamente uma relação entre a cidadania e o desenvolvimento, as conversas que tivemos com estas iniciativas refletem uma ausência da dimensão do “desenvolvimento” (das relações entre o local e o global; da visão e ação sistémicas) nas práticas educativas desta área.
Neste encontro, procurámos dar uma visão geral dos resultados do estudo, focando a discussão precisamente sobre a necessidade (ou não) de criar condições para que o desenvolvimento, na palavra de um dos oradores, não seja “o parente pobre da cidadania”. Foram 75 os e as participantes de escolas, organizações da sociedade civil, universidades e politécnicos, centros de formação, municípios, de vários pontos do país, que animaram o encontro. Que contou com os contributos de Alexandra Sá Costa, professora na Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação da Universidade do Porto e uma das autoras do estudo "Educar para a Cidadania Global", realizado em 2022; e de Mário Carneiro, professor de Filosofia e Coordenador da Estratégia de Educação para a Cidadania da Escola Secundária de Amora. Em breve, divulgaremos o documento final resultante deste estudo.