O CIDAC “promove a solidariedade entre os povos e o trabalho colaborativo entre pessoas e coletivos como parte integrante da vivência de uma cidadania global, num contexto de complexas interdependências mundiais. Considera-se como base para esta intervenção o reforço de capacidades para aprender a ler a realidade e intervir nela, assim como a promoção de ações que potenciem a construção de alternativas para outros modos de vida, solidários e sustentáveis.” (dos Estatutos).
“O reforço das organizações da sociedade civil mantém-se um objetivo transversal, que deve ser objeto de uma concretização efetiva através das opções políticas e metodológicas assumidas no conjunto da atividade, tendo em conta o valor do Associativismo enquanto visão e prática de lógicas colaborativas e de cooperação que permitem contrariar o exacerbamento do individualismo e da mercantilização subordinando as sociedades à mera lógica de mercado” (do Programa Estratégico 2010-2014).
No atual contexto, foram estabelecidos 7 objetivos estratégicos no Programa para 2010-2014.
Destes, 3 são objetivos de intervenção, 4 de reforço organizacional. Os três primeiros são os seguintes:
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Descodificar junto do grande público questões globais do desenvolvimento e promover posturas activas de cidadania / Aprender a ler a realidade para intervir nela
Este objetivo corresponde à vocação específica do Centro de Recursos do CIDAC. Assumindo-se como uma estrutura de Educação para o Desenvolvimento, o Centro de Recursos para o Desenvolvimento será o vetor principal de concretização deste objetivo que pretende fornecer ferramentas, pistas, recursos diversificados de interpretação crítica da realidade e dinamizar o debate, a reflexão e a ação coletiva sobre as problemáticas do desenvolvimento.
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Consolidar o entendimento e as práticas de ED junto dos seus atores
Trata-se de aprofundar o percurso já feito pelo CIDAC nos últimos anos no sentido de enraizar a Educação para o Desenvolvimento em Portugal especificamente a partir do fortalecimento dos seus atores e do impulso dado à sua intervenção, agora potenciado pelo lançamento da Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento (ENED), em vigor até 2015.
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Incentivar a adesão a uma visão e práticas de Comércio Justo alicerçadas na soberania alimentar e na economia social e solidária
Desde 1998 que o CIDAC promove o Comércio Justo (CJ) enquanto alternativa que alia o comércio a princípios de justiça, equidade e solidariedade. Com a evolução do movimento nos últimos anos, deixámos de nos reconhecer na visão maioritária do CJ, tendo por isso adotado uma visão que vai mais de encontro à forma como vemos o mundo e do que consideramos ser a Cooperação e a Educação para o Desenvolvimento. Nesta perspetiva, defendemos um CJ enraizado na soberania alimentar e na economia social e solidária em todos os elos da cadeia e um CJ não apenas Sul-Norte, mas também Norte-Norte e Sul-Sul, apostando nos mercados locais, na proximidade aos consumidores finais e não deixando de fora os produtores marginalizados dos países do centro.
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