Organizações parceiras

ORGANIZAÇÕES COM AS QUAIS MANTEMOS LAÇOS DE PARCERIA

A Artissal é uma ONG de desenvolvimento local guineense, constituída em julho de 2004, e que desde essa altura atua na Região de Biombo. Foi a primeira organização da Guiné-Bissau criada com o objetivo especifico de intervir no domínio do Comércio Justo, visando a redução da pobreza, nomeadamente através da promoção de atividades economicamente sustentáveis - ações de organização dos produtores/as, implementação de sistemas eficazes de escoamento dos seus produtos e promoção e dinamização da sua venda na cadeia de Comércio Justo.

Com a colaboração do CIDAC desde as fases iniciais da sua criação, a Artissal desenvolveu em Quinhamel (Região de Biombo) uma ação de valorização dos recursos locais, com a criação de 12 postos de trabalho, num ateliê de tecelagem tradicional com produção própria. Os benefícios resultantes da venda dos panos estão a ser utilizados para o pagamento dos salários dos tecelões e das costureiras que transformam o pano em produtos utilitários ou de decoração, em outras despesas inerentes ao funcionamento da fábrica, bem como em incentivos de dinamização da economia local. O CIDAC também participou na constituição, por parte da Artissal, de uma unidade similar em Calequisse (Região de Cacheu).

Somos uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD) que tem como missão contribuir para o desenvolvimento humano integral, em especial nas comunidades mais desfavorecidas dos países lusófonos através de ações concretas de apoio às missões jesuítas no terreno, e também pela sensibilização das pessoas para uma sociedade mais comprometida com os valores da igualdade e da justiça social.

A primeira fase de colaboração entre o CIDAC e a FGS (2007-2010) concretizou-se através da participação em iniciativas pontuais que permitiram consolidar um conhecimento mútuo e uma verificação do que tínhamos em comum:

- participação num grupo de trabalho sobre os Acordos de Parceria Económica entre a União Europeia e os países ACP (2007);

- participação num grupo ad-hoc constituído para uma ação de influência política relativa às prioridades da linha de cofinanciamento do IPAD para a área da ED (2009-2010);

- promoção de um “grupo informal sobre a ED nas escolas”, no qual participaram mais 3 ONGD (2009-2011).

Em 2010 decidimos formular e apresentar a cofinanciamento do IPAD um projeto de ED a que demos o nome de "Reinventar fronteiras: percursos de proximidade entre actores educativos de ECG" (2011-2013). É nele que temos concentrado os nossos esforços de atuação comum.

Em 2012, a Direção Geral de Educação e o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., celebraram connosco um contrato programa para, ao longo de 2013 e 2014, elaborarmos um “Referencial de ED” para os ensinos pré-escolar, básico e secundário e uma proposta formativa nesta área para docentes dos mesmos graus de ensino. Esta iniciativa enquadra-se no Objetivo 2 da Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento (ENED): “Promover a consolidação da ED no setor da educação formal em todos os níveis de educação, ensino e formação, contemplando a participação das comunidades educativas”.


FUNDAÇÃO HABURAS
A Haburas é uma organização da sociedade civil timorense, criada em 1998, a partir das vontades de um conjunto de estudantes timorenses, à época a estudar nas universidades da Indonésia. Para além de estarem envolvidos na luta clandestina pelo direito à autodeterminação e independência de Timor Leste, partilhavam também uma preocupação muito particular com os impactos ambientais que a ocupação indonésia provocava no território timorense.
Desde então, tem desenvolvido um conjunto de atividades assentes em 3 linhas orientadoras fundamentais: a educação ambiental, a influência política na área ambiental e a investigação/ação sobre gestão sustentável dos recursos naturais.
O CIDAC e a Fundação Haburas têm vindo a trabalhar desde 2003 na promoção de atividades ligadas ao turismo, que gradualmente se alargaram a um conjunto de 3 comunidades. O que começou por ser uma intervenção que juntava os conceitos de Turismo Ecológico e de Comércio Justo de serviços, é hoje mais claramente uma intervenção no quadro do Turismo de Base Comunitária, um turismo de pequena escala, promovido pelas próprias comunidades, gerador de rendimentos complementares (em comunidades que dependem fundamentalmente da agricultura), e portanto não profissionalizado, indutor de uma gestão sustentável dos recursos naturais existentes.

O Graal é um movimento de internacional de mulheres, de inspiração cristã, que tem hoje como missão construir uma cultura de cuidado, contribuindo, deste modo, para que o mundo se torne um lugar mais habitável para todas as pessoas: onde haja mais justiça, paz e respeito por todos os seres vivos e pela própria Terra.
Foi fundado na Holanda em 1921, espalhou-se pelos cinco continentes, está actualmente activo em 18 países.
Em Portugal desde 1957,o Graal constituiu-se como Associação de Carácter Social e Cultural em 1977, que é, desde 1982, reconhecida como Pessoa Colectiva de Utilidade Pública.
Nos seus 50 anos de experiência de intervenção em Portugal, o Graal tem procurado proporcionar à sociedade portuguesa, e em particular às mulheres, contextos propícios à análise crítica e à mobilização no sentido da transformação social.
Respondendo a diferentes desafios sociais e éticos, nos últimos anos, o Graal tem-se empenhado em projectos que visam o desenvolvimento comunitário e a construção da igualdade, procurando contribuir para o combate ao sexismo, racismo e xenofobia. Tem também, ao longo da sua história, desenvolvido acções de Cooperação para o Desenvolvimento e de Educação para o Desenvolvimento.


As colaborações pontuais precederam a cooperação no quadro de projetos. O Graal e o CIDAC, ambos participantes ativos do Grupo de ED e membros da Mesa da Assembleia Geral da Plataforma Portuguesa das ONGD no mandato 2012-1014, fizeram parte (em conjunto com as ONGD ISU e Mó de Vida) do grupo que preparou visitas guiadas destinadas a turmas de escolas dos ensinos básico e secundário durante a iniciativa anual, promovida pelo IPAD, Os Dias do Desenvolvimento.

Entre 2009 e 2011 empenharam-se na conceção, apresentação a cofinanciamento ao IPAD e execução do projeto “Reforçar as migrações para o desenvolvimento”, do qual resultou um documento elaborado coletivamente – Precisamos interligar!: Carta Aberta para actores e decisores no âmbito das Migrações e do Desenvolvimento - com o objectivo de chamar a atenção de atores chave e de decisores (políticos, diplomáticos, económicos...) para a realidade e o potencial da contribuição dos e das migrantes e das suas organizações para o Desenvolvimento, seja nos países de origem, como de destino.


A Mó de Vida é uma cooperativa de consumo e ONGD, com atividade na margem sul do Tejo. Surgiu com o propósito de criação de trabalho autogestionado pelas-os suas-seus cooperadoras-es, associado à experimentação de formas económicas que contrariassem a lógica capitalista, da produção ao consumo. Está envolvida com movimentos sociais desde a sua origem. Atualmente, está a apostar no aprofundamento de três pilares: a estruturação da área da alimentação - da produção ao consumo de proximidade - com os "Produtos de Confiança" e o Comércio Justo internacional; os circuitos de Turismo Ético e Solidário (incoming e outgoing); e o trabalho do atual coletivo dedicado aos estudos e investigação cientĩfica aplicada às práticas sociais, com enfoque nas chamadas "Outras Economias".

A relação da Mó de Vida com o CIDAC é anterior à fundação da cooperativa e baseou-se no interesse comum pelo Comércio Justo. Ambas as organizações foram membros fundadores da Coordenação Portuguesa do Comércio Justo (CPCJ) e, em 2007, a Mó de Vida aderiu à rede “Espaço por um Comércio Justo”, contagiando o CIDAC, que tomou a mesma decisão um ano mais tarde. Entre 2006 e 2011 houve uma profícua colaboração em vários projetos - “Comércio Justo: Interdependências Sul/Norte”, “Turismo ético em Tutuala” (Timor Leste), “Espaço por um Comércio Justo: alternativas em rede”, “Comércio Justo: contributos para a construção da Cidadania Global”. Continuamos a cooperar em iniciativas conjuntas.

 
Solidariedade para o Desenvolvimento e a Paz (SODePAZ) é uma associação sem fins lucrativos fundada em 1987. A sua identidade centra-se na solidariedade internacional que se concretiza através de múltiplas formas, desde a cooperação por via de projetos de desenvolvimento até à sensibilização e formação crítica no nosso contexto sobre as temáticas do desenvolvimento sustentável, o consumo responsável e o comércio justo. A procura permanente de novas formas de interação entre pessoas e organizações que sejam capazes de praticar os valores do respeito, da compreensão, da não descriminação e do conhecimento científico, como base para construir uma sociedade com justiça social, é o desafio que vem perseguindo desde a sua fundação.


Os primeiros contactos entre o CIDAC e a SODePAZ datam de 1995, quando partilharam materiais e reflexões sobre a Educação para o Desenvolvimento. Reencontraram-se em atividades mais próximas quando o CIDAC aderiu à rede “Espaço por um Comércio Justo” (ECJ), em 2008, da qual a SODePAZ é um dos membros fundadores e mais ativos. Em conjunto, também com as ONGD Mó de Vida e Xarxa de Consum Solidari (Barcelona), elaboraram e realizaram o projeto de reforço da rede ECJ “Espaço por um Comércio Justo: alternativas em rede” (2008). Em 2012 a SODePAZ foi desafiada pelo CIDAC a participar em atividades sobre turismo de base comunitária no quadro do projeto “Ahimatan ba futuro: redução da pobreza em Timor-Leste através do turismo de base comunitária”.

 
TINIGUENA / Esta terra é nossa
A Tiniguena é uma ONG guineense que desenvolveu competências e granjeou reconhecimento pela sua ação nos domínios da proteção do meio ambiente, da promoção do desenvolvimento participativo e durável e do exercício da cidadania, os seus 3 eixos prioritários de intervenção. Cumpriu, a 5 de junho de 2011, 20 anos de compromisso com a Guiné-Bissau. A Tiniguena tem como setores chave de ação a conservação da biodiversidade agrícola, a gestão durável dos recursos naturais, a valorização dos produtos e saberes da biodiversidade, a informação e sensibilização e o exercício da cidadania. As suas principais zonas de intervenção situam-se no sul da Guiné-Bissau, nomeadamente: Ilhas Urok (Formosa, Nago e Chediã, no Arquipélago dos Bijagós), a designada Zona Verde (nas Regiões de Quínara e de Bolama/Bijagós), e Cantanhez (na região de Tombali).  Intervém igualmente na capital, nomeadamente no Bairro Belém, onde tem a sua sede e ainda a nível nacional, no âmbito do qual realiza várias ações de informação, sensibilização, comunicação e influência política, dirigidas a um público diversificado, com destaque para a camada juvenil e os decisores.

O CIDAC colabora com a Tiniguena há cerca de 20 anos e, nestes últimos 10 anos, as duas organizações têm centrado o trabalho conjunto na valorização das produções, saberes e recursos locais e na defesa da soberania alimentar.