Com a colaboração do CIDAC desde as fases iniciais da sua criação, a Artissal desenvolveu em Quinhamel (Região de Biombo) uma ação de valorização dos recursos locais, com a criação de 12 postos de trabalho, num ateliê de tecelagem tradicional com produção própria. Os benefícios resultantes da venda dos panos estão a ser utilizados para o pagamento dos salários dos tecelões e das costureiras que transformam o pano em produtos utilitários ou de decoração, em outras despesas inerentes ao funcionamento da fábrica, bem como em incentivos de dinamização da economia local. O CIDAC também participou na constituição, por parte da Artissal, de uma unidade similar em Calequisse (Região de Cacheu).
- participação num grupo de trabalho sobre os Acordos de Parceria Económica entre a União Europeia e os países ACP (2007);
- participação num grupo ad-hoc constituído para uma ação de influência política relativa às prioridades da linha de cofinanciamento do IPAD para a área da ED (2009-2010);
- promoção de um “grupo informal sobre a ED nas escolas”, no qual participaram mais 3 ONGD (2009-2011).
Em 2010 decidimos formular e apresentar a cofinanciamento do IPAD um projeto de ED a que demos o nome de "Reinventar fronteiras: percursos de proximidade entre actores educativos de ECG" (2011-2013). É nele que temos concentrado os nossos esforços de atuação comum.
Em 2012, a Direção Geral de Educação e o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., celebraram connosco um contrato programa para, ao longo de 2013 e 2014, elaborarmos um “Referencial de ED” para os ensinos pré-escolar, básico e secundário e uma proposta formativa nesta área para docentes dos mesmos graus de ensino. Esta iniciativa enquadra-se no Objetivo 2 da Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento (ENED): “Promover a consolidação da ED no setor da educação formal em todos os níveis de educação, ensino e formação, contemplando a participação das comunidades educativas”.
A Haburas é uma organização da sociedade civil timorense, criada em 1998, a partir das vontades de um conjunto de estudantes timorenses, à época a estudar nas universidades da Indonésia. Para além de estarem envolvidos na luta clandestina pelo direito à autodeterminação e independência de Timor Leste, partilhavam também uma preocupação muito particular com os impactos ambientais que a ocupação indonésia provocava no território timorense.
O Graal é um movimento de internacional de mulheres, de inspiração cristã, que tem hoje como missão construir uma cultura de cuidado, contribuindo, deste modo, para que o mundo se torne um lugar mais habitável para todas as pessoas: onde haja mais justiça, paz e respeito por todos os seres vivos e pela própria Terra.
Foi fundado na Holanda em 1921, espalhou-se pelos cinco continentes, está actualmente activo em 18 países.
Em Portugal desde 1957,o Graal constituiu-se como Associação de Carácter Social e Cultural em 1977, que é, desde 1982, reconhecida como Pessoa Colectiva de Utilidade Pública.
Nos seus 50 anos de experiência de intervenção em Portugal, o Graal tem procurado proporcionar à sociedade portuguesa, e em particular às mulheres, contextos propícios à análise crítica e à mobilização no sentido da transformação social.
Respondendo a diferentes desafios sociais e éticos, nos últimos anos, o Graal tem-se empenhado em projectos que visam o desenvolvimento comunitário e a construção da igualdade, procurando contribuir para o combate ao sexismo, racismo e xenofobia. Tem também, ao longo da sua história, desenvolvido acções de Cooperação para o Desenvolvimento e de Educação para o Desenvolvimento.
As colaborações pontuais precederam a cooperação no quadro de projetos. O Graal e o CIDAC, ambos participantes ativos do Grupo de ED e membros da Mesa da Assembleia Geral da Plataforma Portuguesa das ONGD no mandato 2012-1014, fizeram parte (em conjunto com as ONGD ISU e Mó de Vida) do grupo que preparou visitas guiadas destinadas a turmas de escolas dos ensinos básico e secundário durante a iniciativa anual, promovida pelo IPAD, Os Dias do Desenvolvimento.
Entre 2009 e 2011 empenharam-se na conceção, apresentação a cofinanciamento ao IPAD e execução do projeto “Reforçar as migrações para o desenvolvimento”, do qual resultou um documento elaborado coletivamente – Precisamos interligar!: Carta Aberta para actores e decisores no âmbito das Migrações e do Desenvolvimento - com o objectivo de chamar a atenção de atores chave e de decisores (políticos, diplomáticos, económicos...) para a realidade e o potencial da contribuição dos e das migrantes e das suas organizações para o Desenvolvimento, seja nos países de origem, como de destino.
A relação da Mó de Vida com o CIDAC é anterior à fundação da cooperativa e baseou-se no interesse comum pelo Comércio Justo. Ambas as organizações foram membros fundadores da Coordenação Portuguesa do Comércio Justo (CPCJ) e, em 2007, a Mó de Vida aderiu à rede “Espaço por um Comércio Justo”, contagiando o CIDAC, que tomou a mesma decisão um ano mais tarde. Entre 2006 e 2011 houve uma profícua colaboração em vários projetos - “Comércio Justo: Interdependências Sul/Norte”, “Turismo ético em Tutuala” (Timor Leste), “Espaço por um Comércio Justo: alternativas em rede”, “Comércio Justo: contributos para a construção da Cidadania Global”. Continuamos a cooperar em iniciativas conjuntas.
Os primeiros contactos entre o CIDAC e a SODePAZ datam de 1995, quando partilharam materiais e reflexões sobre a Educação para o Desenvolvimento. Reencontraram-se em atividades mais próximas quando o CIDAC aderiu à rede “Espaço por um Comércio Justo” (ECJ), em 2008, da qual a SODePAZ é um dos membros fundadores e mais ativos. Em conjunto, também com as ONGD Mó de Vida e Xarxa de Consum Solidari (Barcelona), elaboraram e realizaram o projeto de reforço da rede ECJ “Espaço por um Comércio Justo: alternativas em rede” (2008). Em 2012 a SODePAZ foi desafiada pelo CIDAC a participar em atividades sobre turismo de base comunitária no quadro do projeto “Ahimatan ba futuro: redução da pobreza em Timor-Leste através do turismo de base comunitária”.
O CIDAC colabora com a Tiniguena há cerca de 20 anos e, nestes últimos 10 anos, as duas organizações têm centrado o trabalho conjunto na valorização das produções, saberes e recursos locais e na defesa da soberania alimentar.