Atividades Realizadas 2023

Atividades CIDAC 2023

Visita a Montemor-o-novo – Cooperativa Integral Minga e Quinta do Estanque

28 de janeiro. Depois de São Pedro do Sul, continuando a nossa deambulação pelo país para divulgar o Comércio Justo, tecer laços com outras organizações de Economia Solidária e conhecer melhor produtores e produtoras com quem colaboramos, estivemos em Montemor-o-Novo para uma conversa matinal com os membros da Cooperativa Minga e representantes da Câmara Municipal que dinamizam a SMEA - Semear em Montemor-o-Novo uma Estratégia Alimentar, no mercado municipal. Aproveitámos a ocasião para instalar a nossa exposição “O comércio pode ser justo!” e oferecer o café da Nicarágua da Espanica às pessoas que frequentam o mercado.
De tarde, fomos visitar a Quinta do Estanque, onde o Jerónimo e a sua família produzem o azeite Simbio a partir de oliveiras centenárias, azeite biológico que comercializamos na loja de Comércio Justo desde 2014. Foi uma ocasião para descobrir as várias facetas da quinta que, para além do azeite, produz legumes, leguminosas, ervas aromáticas, infusões e muito mais, associados à criação animal, uma policultura saudável e própria da agricultura camponesa.
Pode haver cidadania sem desenvolvimento? Discutindo a relação local-global nas práticas de ED na Escola e na Formação

25 de janeiro. Foi o mote para a discussão num encontro que marcou o final de um percurso de dois anos em torno do Referencial de Educação para o Desenvolvimento (ED). Na senda de outros estudos realizados pelo CIDAC e pela FGS, procurámos perceber junto de 7 iniciativas educativas o que potencia e o que bloqueia a aplicação do Referencial na prática, bem como da ED em geral, para retroalimentar a formação inicial e contínua de professores/as neste campo educativo. No contexto escolar atual, em que existe uma área curricular denominada “Cidadania e Desenvolvimento” - que engloba a priori a ED - as preocupações, necessidades e ideias de melhoria dos atores educativos estão mais ligados a esta área do que especificamente à ED. Mas se, à diferença de outras experiências curriculares de Educação para a Cidadania esta nova área traz explicitamente uma relação entre a cidadania e o desenvolvimento, as conversas que tivemos com estas iniciativas refletem uma ausência da dimensão do “desenvolvimento” (das relações entre o local e o global; da visão e ação sistémicas) nas práticas educativas desta área.
Neste encontro, procurámos dar uma visão geral dos resultados do estudo, focando a discussão precisamente sobre a necessidade (ou não) de criar condições para que o desenvolvimento, na palavra de um dos oradores, não seja “o parente pobre da cidadania”. Foram 75 os e as participantes de escolas, organizações da sociedade civil, universidades e politécnicos, centros de formação, municípios, de vários pontos do país, que animaram o encontro. Que contou com os contributos de Alexandra Sá Costa, professora na Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação da Universidade do Porto e uma das autoras do estudo "Educar para a Cidadania Global", realizado em 2022; e de Mário Carneiro, professor de Filosofia e Coordenador da Estratégia de Educação para a Cidadania da Escola Secundária de Amora. Em breve, divulgaremos o documento final resultante deste estudo.